Lembro de cada momento passado ao seu lado
De cada palavra dita para quebrar o silêncio
Eu vi o verão se tornar inverno quando se deu o ultimo sorriso
Meu coração quente e vivo de lembranças ferve embaixo de geadas
Fiquei noites e noites me perguntando se você ainda pensava em mim
Transformei meu amor em ódio e no outro dia o ódio em amor
Repeti o mesmo ciclo por anos substituindo a falta que me fazia
Por garrafas, diversões e qualquer coisa do tipo que tirasse a lucidez
Eu nunca mais sorri ao ver flores caindo das arvores
E talvez nunca mais colida o meu abraço com tanta intensidade
Entre pouco tempo tantos olhares perdem o brilho da felicidade
Todos os lugares que ando são pedaços seus desmanchados em solidão
Penso se tudo isso foi em vão porque me desceram lagrimas?
As rotinas que tenho são como sombras que projeto o que me faz falta
Sinto-me como um soldado atingido onde mais se machuca
Completamente dilacerado por dentro diante do estrago que me fez
Ainda posso contar os mortos dentro de mim
Posso recolher os corpos espalhados no chão que mancham meu passado
Suas mãos quentes por cima das minhas eu morreria em seus braços aquela noite
E quando me disse para partir sem olhar para trás eu acreditei
Até o ultimo segundo a ultima conseqüência dos nossos atos eu estive com você
Como uma linda cena de filme você me matou com um beijo!
Saímos todos sorrindo esta noite para esquecer o que verdadeiramente somos
Nunca voltam as lembranças nunca voltam elas só atormentam meus sonhos
E eu esperei algo que nunca iria acontecer,eu projetei uma mentira
Machuquei-me com suas palavras até o ultimo segundo que eu podia ser burro
Eu esperei mesmo sabendo que nunca ia voltar...
Como uma casa velha sou quebrado e rachado cheio de histórias ocorridas
Minha falta de paz revoltou minha mente por tanto tempo...
Foi tanta dor, tanta dor!
Que me fez parar de sentir, e hoje se me perguntarem como estou?
Eu respondo:
Eu ainda posso dormir...
(luis kayam)
Nenhum comentário:
Postar um comentário